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Quanto ganha um influenciador digital?

A criação de conteúdo se tornou uma profissão e fonte de renda relevante para muitos brasileiros, mas, como revela o Relatório Creators & Negócios 2024, essa jornada nem sempre é lucrativa e enfrenta desigualdades significativas. Vamos explorar as principais informações sobre monetização na creator economy e entender como gênero, raça, e o tipo de conteúdo impactam a receita dos criadores.

1. De Onde Vem a Renda dos Criadores de Conteúdo?

Segundo o Creators & Negócios 2024, apenas 32,5% dos criadores consideram a criação de conteúdo sua principal fonte de renda. A maioria dos ganhos vem de parcerias publicitárias com marcas, que ainda é o modelo mais dominante. Contudo, outros formatos de monetização começam a ganhar espaço, como a venda de produtos próprios, consultorias e conteúdos exclusivos.

2. Renda Mensal Individual: Realidade dos Ganhos na Creator Economy

Os rendimentos dos criadores de conteúdo ainda são bem variados, mas para muitos, os ganhos mensais ficam longe do ideal. A maior parte dos criadores brasileiros encontra-se na faixa de R$2.000 a R$5.000 por mês, com poucos ultrapassando valores acima dessa média. Esses dados expõem uma realidade em que a creator economy é rentável para alguns, mas a maioria ainda luta para alcançar uma estabilidade financeira sólida.

Essa jornada nem sempre é lucrativa e enfrenta desigualdades significativas

3. Disparidades de Renda por Gênero e Raça

O estudo destaca uma disparidade significativa na distribuição de renda por gênero e raça. Mulheres e pessoas de raças sub-representadas, como pretos e pardos, frequentemente ganham menos em comparação aos homens e pessoas brancas. Essa diferença revela que, mesmo na economia digital, questões sociais e históricas de desigualdade se refletem na monetização e no sucesso financeiro dos creators. Esse aspecto reforça a necessidade de mais igualdade e inclusão no setor.

Mulheres e pessoas de raças sub-representadas, como pretos e pardos, frequentemente ganham menos em comparação aos homens e pessoas brancas

4. Principais Fontes de Receita dos Creators

As parcerias publicitárias representam a maior fonte de receita para a maioria dos criadores. No entanto, o relatório também aponta o crescimento de outras fontes de receita:

  • Consultorias: Muitos criadores estão aproveitando sua experiência para oferecer serviços de consultoria, especialmente nas áreas de marketing digital e gestão de redes sociais.
  • Venda de Produtos: A venda de produtos próprios, como cursos online e mercadorias personalizadas, tornou-se uma estratégia popular para complementar a renda.
  • Conteúdo Exclusivo: Plataformas de assinatura, como Patreon, onde criadores oferecem conteúdos exclusivos para seus seguidores, também têm sido uma fonte de renda para alguns.

Esses formatos permitem que os criadores diversifiquem seus ganhos e reduzam a dependência das parcerias publicitárias, que muitas vezes são instáveis.

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5. Tipos de Conteúdo que Mais Geram Renda

A escolha do tipo de conteúdo também influencia os ganhos. De acordo com o relatório, conteúdos voltados para moda, beleza, lifestyle e tecnologia tendem a atrair mais parcerias e monetização. Essas áreas são mais populares entre os anunciantes, o que aumenta as oportunidades para os criadores que atuam nesses nichos. No entanto, criadores que trabalham em temas de nicho, como educação ou sustentabilidade, também têm espaço, embora com oportunidades de monetização menores.

6. UGC ou IGC? A Polêmica no Mercado de Criadores

O Creators & Negócios 2024 traz à tona uma discussão interessante sobre UGC (User-Generated Content) e IGC (Influencer-Generated Content). Enquanto o UGC representa o conteúdo gerado por usuários comuns, o IGC é o conteúdo criado por influenciadores, que têm uma audiência consolidada e autoridade no tema.

A polêmica gira em torno do valor e da autenticidade percebidos em cada tipo de conteúdo. Para muitas marcas, o UGC é visto como mais autêntico, pois vem de consumidores reais, enquanto o IGC é considerado mais estratégico, uma vez que influencia diretamente as decisões de compra graças ao poder de alcance dos influenciadores. A questão é: qual formato oferece melhor retorno? Para muitos criadores, o IGC permanece como uma oportunidade de monetização mais sólida e lucrativa, mas o UGC ganha cada vez mais destaque entre as marcas que buscam interação genuína com seus públicos.

Conclusão: A Monetização na Creator Economy é um Desafio em Constante Evolução

A realidade da monetização para criadores de conteúdo no Brasil, como revela o Relatório Creators & Negócios 2024, ainda é um caminho repleto de desafios, desigualdades e adaptações constantes. Com as parcerias publicitárias como principal fonte de receita, muitos criadores precisam encontrar formas de diversificar seus ganhos, seja por meio de produtos próprios, consultorias ou conteúdos exclusivos. O relatório destaca a importância de promover uma economia de criadores mais inclusiva e igualitária, onde gênero e raça não sejam fatores limitantes para o sucesso financeiro.

Para as marcas, o dilema entre UGC e IGC é uma questão estratégica, onde a autenticidade do UGC e o alcance do IGC precisam ser balanceados para maximizar resultados. Como o mercado de criação de conteúdo continua a crescer, é essencial que tanto criadores quanto marcas se adaptem e inovem para explorar ao máximo as oportunidades dessa nova economia digital.

Leia o estudo completo aqui.

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Por Giliard Santana

Publicitário aficionado por Inovação e tecnologia. Atuo há cerca de 7 anos com produtos digitais, desenvolvendo soluções criativas, oportunizando a geração de novos negócios.

Também sou facilitador de Design Thinking, aplicando ferramentas e métodos ágeis na gestão de equipes multidisciplinares para a validação de hipóteses e desenvolvimento de novos produtos.

Atualmente atuo como Project Manager, liderando times de Inteligência de Dados e Mídia Programática.

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