Tem mais de 100 bilhões de dólares em jogo. A Apple pode romper a parceria com o Google, e a fala de Eddy Cue já abalou o modelo de negócios da gigante das buscas.
Estamos falando de muito mais do que os 20 bilhões de dólares anuais que o Google paga para ser o buscador padrão no Safari e nos iPhones. O que está em risco é o próprio modelo de negócios do Google. E a prova disso veio rápido: as ações da Alphabet caíram mais de 8%, o que representa uma perda de mais de 150 bilhões de dólares em valor de mercado, logo após a declaração de Cue.
Durante um julgamento antitruste, o executivo afirmou que a Apple está considerando romper o acordo com o Google — e pela primeira vez em 22 anos, a empresa viu uma queda nas buscas feitas pelo Safari. A hipótese levantada? A mudança no comportamento dos usuários impulsionada pela ascensão da inteligência artificial.
O Google, claro, respondeu oficialmente: “Continuamos observando um crescimento geral nas consultas de busca, incluindo aumento no número total de buscas vindas de dispositivos e plataformas da Apple”.
O que parecia um império intocável…
O que parecia um império intocável — uma empresa dominante navegando num oceano azul — agora enfrenta talvez sua maior dor de cabeça desde a fundação.
Desde o lançamento do ChatGPT e a popularização dos assistentes baseados em IA, o comportamento de busca mudou. O usuário já não quer mais “buscar” — ele quer a resposta pronta, direta, personalizada. E é aí que o Google começa a perder terreno.
A empresa vem sendo ameaçada por novos hábitos e ferramentas. O que antes era uma rotina quase automática — abrir o Google — agora é questionado por soluções mais ágeis. Isso coloca em risco não apenas a hegemonia da busca, mas contratos milionários como o da Apple.
Será o fim do império Google?
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