Já imaginou usar a inteligência artificial para entender o que seu pet está sentindo ou até mesmo “conversar” com ele? Parece roteiro de filme futurista, mas está mais perto de se tornar realidade. Um novo centro de pesquisa anunciado pela London School of Economics (LSE) quer investigar justamente isso: como a IA pode ajudar humanos a se comunicar com animais de estimação.
O projeto foi revelado pelo jornal The Guardian e marca o início de uma nova fase na relação entre tecnologia e vida animal.
Um centro para decifrar sentimentos não humanos
Com inauguração prevista para setembro de 2025, o Jeremy Coller Centre for Animal Sentience será o primeiro centro acadêmico global totalmente dedicado a estudar a consciência animal. A proposta é ousada: combinar neurociência, biologia evolutiva, filosofia, direito, economia e inteligência artificial para entender — com base científica — como os animais percebem o mundo e como podemos interpretar seus sinais.
A expectativa dos pesquisadores é que, com o avanço da IA, seja possível desenvolver ferramentas que identifiquem e traduzam emoções ou intenções de pets, como cães e gatos, por meio de vocalizações, expressões faciais e padrões de comportamento.
IA e pets: potencial transformador (e perigoso)
A possibilidade de “conversar” com seu cachorro usando um aplicativo parece incrível — mas levanta preocupações sérias. O diretor do novo centro, professor Jonathan Birch, alerta para os riscos da “alucinação da IA”:
“Ferramentas baseadas em IA podem gerar respostas que soam convincentes, mas não são verdadeiras. Isso pode prejudicar o bem-estar dos animais se confiarmos em interpretações erradas”, explicou Birch ao The Guardian.
Isso significa que, apesar da empolgação inicial, a aplicação indiscriminada dessas tecnologias pode gerar problemas éticos, legais e práticos.
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A corrida por regulação e responsabilidade
O centro também terá uma função regulatória: ajudar governos e instituições a estabelecer diretrizes éticas e jurídicas para o uso de IA em contextos que envolvem animais. Desde assistentes virtuais para pets até algoritmos em fazendas automatizadas ou carros autônomos que podem afetar o comportamento de animais selvagens, tudo estará no escopo de estudo da equipe.
A iniciativa é financiada com £ 4 milhões e promete colocar a LSE na vanguarda de um campo ainda pouco explorado: a intersecção entre inteligência artificial, ética animal e comunicação interespécies.
Um novo futuro para quem trabalha com IA
Para profissionais de tecnologia, especialmente desenvolvedores e cientistas de dados, o projeto sinaliza uma nova fronteira de atuação. As aplicações potenciais vão desde produtos de consumo, como apps de comunicação com pets, até soluções industriais e ambientais, onde a IA pode ajudar a preservar espécies e reduzir impactos humanos.
Mas o alerta é claro: não se trata apenas de inovação tecnológica, mas de responsabilidade. Traduzir sentimentos ou intenções animais requer mais do que bons algoritmos — exige sensibilidade, evidência científica e limites éticos bem definidos.
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A matéria completa está disponível no site do The Guardian e traz detalhes sobre o projeto, os desafios e as expectativas da equipe liderada por Jonathan Birch.
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